Ciganos- Dança

 Um lembrete:

Rom- Ciganos. Vistos por admiração, por olhos que se encantam diante da fantasia sobre
a realidade dos grupos ciganos, também vistos por olhos distorcidos e condenadores.
O olhar para grupos étnicos no Brasil vem mudando devido aos próprios grupos se posicionarem com muita maestria. Falo maestria porque conseguem adentrar muitos espaços de reconhecimentos na atualidade; mediante resistências de muitas partes; e minha admiração maior recai sobre as mulheres rom-ciganas, pois vencem não só os preconceitos externos
à sua cultura e sim também aos conceitos tradicionais de outrora de seus próprios meios culturais.
Infelizmente ainda se impõe espadas emocionais e sociais para adquirirem pequenos espaços.
Trago esta questão para que não generalizemos as informações sobre as etnias Rom-ciganas. Há muita beleza, magia, há também muita dor e sofrimento histórico e existencial. Não fantasiemos tanto sobre seus comportamentos e meios de vida.
As fantasias "espirituais" também não contribuem com as etnias.
A dança cigana por exemplo: no imaginário dos não ciganos é bela, traz liberdade, alegria, no entanto não é só isso e nem o teto de estrelas é o maior desejo deles. Há uma demanda prática que lhes faz desejar um teto de paredes e na terra.
Então podemos conectar tudo que vem dos grupos ciganos, o amor, a alegria, a dor, a destemperança e o destemor.
Nem sempre uma música cigana relata alegria, assim como demais canções no mundo, relatam suas agonias; dancemos a tudo: para limpar o campo, espantar o pranto e para lembrar que a vida é como é. Entretanto podemos dançar esta alegria, este amor e sentir que podemos atravessar a vida como ela é.
Gratidão e amor aos amigos, amigas e a madrinha cigana.
Gratidão aos meus ancestrais e a vida que me permite dançar a cultura, o aprendizado e a vida como uma jornada sem palcos, sempre pelos caminhos. Seguindo em frente, agradecida por todo passado, olhando para o presente e futuro do momento.

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